Porque falham as empresas ?

14/02/2011

Quem faz a gestão da sua empresa, com certeza compreende a importância da Gestão do seu fundo de maneio.
Numa economia onde uma grande parte (para não afirmar, a grande maioria) dos empresários avalia o sucesso da sua actividade pela diferença entre o valor de custo e o valor da venda (seja ao nível de fornecimento de produtos, serviços ou ambos), não é de estranhar comentários como “… sei que ganho dinheiro com a minha actividade, mas a conta bancária da empresa está sempre a zeros, e estou permanentemente a recorrer ao crédito…”.
A realidade diz que os falhanços das empresas acontecem com maior frequência por falta de liquidez do que por insolvência técnica. O Fundo de Maneio é onde a empresa habitualmente se vê forçada a colocar grande parte da sua Liquidez.
Como se obtém então o valor de Necessidades de Fundo de Maneio?

Necessidades de fundo de maneio =
+ Clientes (saldo)
+ Existências (stock)
- Fornecedores (saldo)

Então que medidas poderão ser tomadas para diminuir as necessidades de fundo de maneio?
Genericamente as medidas enquadram-se em 3 campos
  • Minimizar as quantidades e valores em stock;
  • Minimizar os prazos e montantes em recebimento;
  • Maximizar os prazos e montantes de pagamento.

Alguns exemplos de acções a tomar, para atingir esses objectivos:
  • Negociar com fornecedores prazos mais dilatados de pagamento e um crédito mais elevado (evitando desse forma o recurso ao financiamento bancário);
  • Uso de “Factoring” para antecipar recebimentos (mas tendo em atenção aos custos desse processo de financiamento);
  • Atribuir descontos de pronto pagamento para recebimento antecipado;
  • Maior esforço sobre o processo de cobranças diminuindo o saldo de clientes e respectivo prazo de recebimentos;
  • Minimizar as necessidades de investir em stock, programando entregas ou negociar com os fornecedores a entrega de mercadorias em consignação;
  • Utilizar processos e ferramentas que permitam um correcto controle de movimentos de mercadorias e gestão do stock existente (em algumas actividades, não esquecer que mercadorias usadas e não facturadas, são consideradas stock).

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